Incentive!


Vocês sabiam que os pais podem ajudar na alfabetização de seus filhos? Alias, os pais são fundamentais nesse momento. Não estou falando aqui de ensinar fortemente, como um professor, a criança a ler e a escrever, mas sim de deixar o ambiente familiar/doméstico e/ou atividades rotineiras, como um passeio, mais "alfabetizador". 



Trata-se de pequenas e simples atitudes do cotidiano, veja algumas a seguir que eu andei aprendendo com algumas leituras: 

1- Ser um modelo de leitor:



Aquela velha história de que criança segue o modelo dos pais é pura verdade, por isso, pais leitores fazem toda a diferença. Não basta ter uma estante de livros, é importante que a criança veja os pais escolhendo livros nessa estante para ler,  comentando da leitura, etc., dessa forma a criança está presente em um ambiente estimulador de leitura..

2- Aproveitar as situações da rua:




Entrar em uma livraria pode ser prazeroso e divertido, mostrar alguns livros para as crianças, ler alguns trechos, ler a capa, etc. Também é possível aproveitar outras situações de rua, como ler uma placa, panfleto e até o letreiro do ônibus. 

3- Apontar outros materiais escritos




Brinquedos de letras e números, jogos, e outras atividades similares podem e devem estar no ambiente de convivência da criança, desde que ela entenda a função do objeto, brinquedo ou jogo e que seja inserido dentro de uma função comunicativa real.

4- Ler histórias




Ler para as crianças pequenas é fundamental, alguns especialistas acreditam que quando uma mãe lê uma história para uma criança, ela é leitora junto com a mãe. É interessante ler a mesma história várias vezes, pois é importante para a criança recontar aquela história em um outro momento e passar as páginas no momento certo. A importância de ler para uma criança antes mesmo dela ser alfabetizada está ligada com a relação que podem fazer com a linguagem falada, as funções da escrita, a função de cada gênero, a estrutura do texto, feito por palavras separadas que formam uma frase, etc.


5- Mais dicas:

- Deixar bilhetes ou cartas
- Explorar rótulos de embalagens 
- Fazer lista de compras
- Montar uma agenda telefônica

Enfim, são várias opções, mas é importante respeitar sempre o ritmo da criança, incentivar e motivar não significa que o processo será acelerado, cada criança possui seu ritmo, o importante é aproveitar as situações para continuar incentivando. 


Por hoje é só.
Beijos

ABC dos bichos!


Esses dias precisei comprar uns cadernos novos para faculdade e na mesma loja encontrei um brinquedo excelente para a duda:


Chama ABC dos bichos, vem com 26 quebra-cabeças e 52 peças. O objetivo do brinquedo é que a criança associe a letra com o animal correspondente. A Duda completará 2 anos mês que vem e esse brinquedo é indicado para crianças de 4 anos, mas eu sou ansiosa e não aguento esperar até lá. Talvez só próximo dessa idade que ela entenda que o "A" deve ser encaixado na abelha porque é um "A" da palavra Abelha, mas ela sabe encaixar por noção espacial e também já sabe identificar 19 dos 26 animais. Isso já deixa a brincadeira muito legal: 

Encaixando por noção espacial.

Eu recomendo esse brinquedo, ele desenvolve a concentração, o raciocínio lógico e a noção espacial.

A Lua!


Depois de quase 2 anos, hoje a noite no quintal de casa com a Duda, me dei conta que ela nunca tinha visto a Lua, não sabia da sua existência. Não sei porque demorei tanto para mostrar, mas hoje aconteceu, a Duda viu a lua pela primeira vez e simplesmente amou, ficou toda empolgada. 





Acho que daqui a pouco já consigo trabalhar o sistema solar com ela haha. 

É isso, achei que seria legal deixar isso registrado aqui.

Violência obstétrica: você conhecia?


Eu já ouvi falar de violência obstétrica muitas vezes, mas sabe quando você acha tão absurdo que passa a desacreditar que isso (ainda) exista ou que se quer um dia existiu? É algo tão desumano que eu acho inacreditável. Mas sim, isso acontece todos os dias com mulheres na hora do parto e muitas nem sabem que estão sendo violentadas.


imagem in: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/

O que me fez pesquisar mais sobre o assunto e entender melhor sobre esse tema foi um relato que eu ouvi em um ônibus, vou resumir mais ou menos o que aconteceu.

Entrou uma senhora no ônibus e a cobradora a conhecia, então lançou a pergunta: 
- E seu bisneto, nasceu? 
A senhora respondeu com ar de tristeza que nasceu mas que morreu em 4 dias, pois ele engoliu água e fezes na hora do parto (ou seja, passou da hora de nascer, deixaram - o hospital e médica- a mãe esperar muito para a hora do parto). Explicando melhor, a senhora contou que o bebê tinha 5 kilos e 60 cm, e o mais absurdo dessa história é que a médica que fez o parto não quis fazer a cesária. Sério mesmo que alguém acha que um bebê nessas condições nasceria de parto normal? Ok, até pode acontecer de nascer em parto normal (o que eu acho muito difícil, pois bebês com 5 kilos já correm certo risco só pelo tamanho e peso, precisam de mais cuidados e atenção na hora do parto, mas como não sou formada nesse assunto, não posso aprofundar). Acontece que além disso, a mãe do bebê não estava sentido dor nenhuma, nem nenhum sinal desses que sente na hora do parto, nem mesmo a dilatação necessária para que o bebê possa sair tranquilamente por parto normal. O segundo absurdo dessa história é que a médica fez QUATRO cortes na mãe para que o bebê saísse/passasse sem ser necessário fazer uma cesária. O terceiro e (talvez) MAIOR absurdo dessa história é que segundo a mãe do bebê a médica montou em sua barriga e ficou pulando para que o bebê saísse, gente, como assim? A senhora carregava uma foto do bebê em sua bolsa e ele estava todo roxo de hematomas, certamente por essa agressão da médica. Além de pular na barriga da paciente a médica gritava e agredia verbalmente a mãe, dizendo que ela não sabia o que era ser mãe e a mandava calar a boca, certamente porque a mãe nessa situação já deveria estar chorando e gritando de desespero (e dor). 
Eu nunca tinha ouvido um relato desses, mas agora, mesmo sendo alguém que eu não conheço, era alguém alí na minha frente contando o que aconteceu, era nítido que era verdade. Verdade sobre o que aconteceu e sobre a dor de toda a família. 

Eu ainda acho um absurdo, parece inacreditável que alguém faça isso, alguém que estudou para ser médico, para ser obstetra e que faça esse tipo de coisa com pacientes. Entre essas e outras eu vejo que sou uma pessoa e mãe com muita sorte, tive um médico completamente atencioso que acompanhou toda a minha gravidez e que foi atencioso igual na hora do parto. Eu também não senti dor nenhuma, mas de repente descobri que a Duda nasceria, alí, três semanas antes do previsto, já tinha dilatação mas o médico mesmo assim disse que optou por fazer cesária porque pelo fato dela 'querer' nascer antes, e já ter pouco espaço na minha barriga, talvez o cordão umbilical já estivesse enrolado no pescoço, a cesária era a melhor escolha, só por esses detalhes, imagina no caso que eu presenciei e mencionei anteriormente? 

Mas não pensem vocês que esse tipo de violência acontece só em hospitais públicos, fazendo uma pesquisa rápida encontramos casos também de hospitais particulares com os mesmos problemas. É questão de caráter, profissionalismo, amor ao próximo. 

Segue trechos de uma reportagem:

"É considerada violência obstétrica desde a enfermeira que pede para a mulher não gritar na hora do parto normal até o médico que faz uma episiotomia indiscriminada – o corte entre o ânus e a vagina para facilitar a saída do bebê . Apesar de a OMS (Organização Mundial da Saúde) determinar critérios e cautela para a adoção do procedimento, médicos fazem a prática de maneira rotineira. A obstetriz Ana Cristina Duarte, do Gama (Grupo de Maternidade Ativa), estima que entre 80% a 90% das brasileiras são cortadas durante o parto normal. “Sabemos que há evidências de que não é necessário mais cortar as mulheres. As mulheres são cortadas sem o consentimento delas e isso é uma violência obstétrica”, comenta.
De acordo com a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, divulgada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto.
[...]
Para Ana Cristina, o número da pesquisa está subestimado pois muitas mulheres ainda não entendem que foram vítimas desse tipo de violência. Ela diz que os efeitos da violência obstétrica são sérios e podem causar depressão, dificuldade para cuidar do recém-nascido e também problemas na sexualidade desta mulher. Os tipos mais comuns de violência, segundo o estudo, são gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia e até negligência."
Reportagem completa in: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/03/12/mulheres-denunciam-violencia-obstetrica-saiba-se-voce-foi-vitima/


Imagem in: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/

A violência obstétrica acontece de várias formas, desde agressões verbais como mostra a imagem anterior, como também agressões físicas, como vimos, ao pressionar a barriga, fazer cortes sem consentimento da mulher, entre tantas outras, e até mesmo negar que a mãe fique perto e amamente o filho logo após o parto.

Pesquisando mais na internet, encontrei isso, uma pesquisa sobre esse tema de violência obstétrica, está relacionada com um projeto de doutorado e ainda está em andamento, pretende se encerrar em 2015, então ainda dá para participar:

"Uma pesquisa realizada em 2010 revelou que uma em cada quatro brasileiras relata ter vivido situações de violência e desrespeito em seus partos. Nós queremos ouvir essas mulheres, conhecer os contextos desrespeitosos de parto que viveram, saber como isso foi interpretado por elas, sua percepção desta vivência. E vamos usar as ferramentas da internet para isso. As entrevistas serão feitas via comunicadores instantâneos da internet que permitam uma videochamada e se iniciarão no primeiro semestre de 2012. Acreditamos que a amplitude que a internet traz facilitará a participação de muitas mulheres, de diferentes locais, inclusive as que estão comprometidas com seus trabalhos ou filhos, ou os dois, que terão a liberdade de agendar as entrevistas de acordo com sua disponibilidade, sem ter que se deslocar a nenhum outro lugar.
O convite à participação na pesquisa será lançado a partir de 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, estendendo-se durante todo o desenvolvimento desta pesquisa, que pretende se encerrar em 2015. Nesse convite, mulheres que tenham se sentido desrespeitadas em seus partos poderão inserir seus e-mails de contato e serão contatadas para que maiores informações sobre a pesquisa sejam fornecidas. A pesquisa faz parte do desenvolvimento do meu doutorado em Saúde Coletiva, realizado na UFSC, no Departamento de Saúde Pública.
Portanto, se você conhece uma mulher que tenha se sentido desrespeitada de alguma forma no tratamento recebido em seu parto, por favor divulgue esta pesquisa a ela. Se você for essa mulher, conheça mais a pesquisa. "
Trecho retirado em: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/






Galera, vamos ficar atentos e divulgar para o maior número de pessoas e mulheres, eu demorei um pouco para tomar a proporção de tudo isso e hoje vejo que é um assunto sério e grave, precisamos espalhar esse conhecimento para que mulheres estejam mais preparadas e cientes de seus direitos na hora do parto.
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